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JMJ 2019: Papa critica «construtores de muros» e pede que jovens criem «pontes»

O Papa foi hoje recebido no Panamá pelos participantes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no seu primeiro contacto com os peregrinos católicos dos cinco continentes, convidando todos a rejeitar “muros”.

 

Assista aqui ao video do dialogo com os jovens do Papa Francisco:

 
 

“Os construtores de muros, semeando o medo, procuram dividir” as pessoas, disse Francisco, na cerimónia de acolhimento na JMJ 2019.

 
 

A intervenção destacou a importância da “cultura do encontro”, e pediu aos participantes no evento que mantenham vivo “um sonho comum”, com a sua fé em Jesus.

Os jovens, observou o Papa, devem ser “construtores de pontes”, uma frase que a multidão repetiu.

 

A festa no Campo Santa Maria la Antígua, onde o altar representava simbolicamente o Pacífico, subiu de tom quando o papamóvel chegou, ao som do hino da JMJ.

Francisco foi recebido por dois jovens que o acompanharam na passagem por uma réplica das comportas do Canal do Panamá, ao encontro de representantes dos cinco continentes, incluindo um peregrino de Portugal: Joaquim Goes, com a t-shirt verde do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa, em nome de todo o continente europeu.

 

A cultura do encontro é apelo e convite a termos a coragem de manter vivo um sonho comum. Sim, um sonho grande e capaz de envolver a todos”.

O Papa preside pela terceira vez a uma edição internacional da JMJ, a primeira depois da assembleia do Sínodo dos Bispos que, em outubro de 2018, debateu no Vaticano a relação entre a Igreja Católica e os jovens.

 

“Reunidos no Panamá, a Jornada Mundial da Juventude é mais uma vez uma festa de alegria e esperança para toda a Igreja e, para o mundo, um grande testemunho de fé”, disse.

Francisco explicou que a ideia não é “criar uma Igreja paralela, um pouco mais jovial”, mas caminhar em conjunto, no serviço concreto ao próximo.

“O Cristianismo é Cristo”, repetiu, com os jovens da JMJ.

Na sua intervenção, o pontífice desafiou as novas gerações a avançar sem “medo de arriscar e caminhar”, encontrando a comunhão nas diferenças.

“Nenhuma diferença nos conseguiu parar”, exclamou.

Francisco falou do amor de Deus como um “amor que vale a pena” e abre “novos horizontes”.

“Queridos jovens, esta Jornada não se revelará fonte de esperança por um documento final, uma mensagem consensual ou um programa a aplicar. Este encontro irradia esperança, graças aos vossos rostos e à oração”, prosseguiu.

O Papa despediu-se com votos de que o Panamá “não seja apenas um canal que une mares, mas também canal onde o sonho de Deus continua a encontrar pequenos canais para crescer e multiplicar-se”.

In:Ecclesia

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