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Leipzig prepara feira do livro sob signo da pandemia com Portugal em destaque

A cidade alemã de Leipzig, em plena pandemia, prepara a próxima edição da feira do livro, prevista para maio de 2021, com Portugal como país convidado e a vontade de se abrir a uma nova geração de escritores.

 

No segundo piso da livraria Connewitzer lê-se “Saramago”. O nome do Nobel português aparece escrito numa cadeira, alguns dos seus livros surgem numa estante. Está também Lobo Antunes e há a promessa da chegada de outros autores portugueses nos próximos meses.

 
 

Traduzir e fazer chegar mais títulos de autores de língua portuguesa a este e a outros espaços de leitura, na Alemanha, é um dos principais objetivos da participação de Portugal como país convidado na Feira Internacional do Livro de Leipzig, em 2021. Mas a tarefa não tem sido fácil.

Com a edição deste ano cancelada e, a do próximo, adiada para final de maio, a segunda maior feira do livro do país e uma das mais importantes da Europa, com uma tradição de mais de 500 anos, está a escrever uma nova página na sua história.

 
 

A improvisação não é novidade para o seu diretor, Oliver Zille, mas, ao contrário de anos anteriores, em que alguns pormenores tiveram de ser ajustados, agora, confessa o responsável, é necessário “desenhar toda uma feira sob condições impostas pela pandemia”.

A pouco mais de meio ano da sua realização, uma coisa é certa, “a pandemia de covid-19 vai, inevitavelmente, afetar a estrutura da próxima Feira do Livro de Leipzig”.

 

Com uma montra em que as ilustrações das capas dos livros se misturam com as cores de máscaras de proteção artesanais, penduradas com molas numa corda, há quem acredite que um futuro em suspenso é a única garantia possível nesta altura.

A conselheira cultural da Embaixada de Portugal em Berlim, Patrícia Severino, não está assustada com a participação.

 

“A partir do momento em que as pessoas sabem que se cumprem as regras de segurança e sanitárias, elas querem estar. Acho que o público tem uma vontade imensa, maior do que antes até, de poder ir ao cinema, de poder encontrar autores, ler livros, estar em concertos”, refere a comissária para a participação de Portugal como convidado de honra, em declarações à agência Lusa.

O foco vai manter-se, assegura Zille, “nos autores e nos leitores”. Por isso, na preparação da feira, “estamos a ter um cuidado especial em dar visibilidade aos autores e envolver o público no evento como um todo”, garante à Lusa. Como nas edições anteriores, e porque “nada pode substituir a interação das pessoas”, está prevista a festa da leitura de Leipzig (Leipzig liest) e a “Manga Comic-Con”.

 

In: Lusa

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