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O que é o Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor – assim é o seu nome completo – é o tempo litúrgico mais importante de todos, o culminar do ano litúrgico,e começa hoje, Quinta-Feira Santa, com a missa vespertina da Ceia do Senhor. Como chegamos ao Tríduo Pascal actual? E o que acontece em cada uma das celebrações?

 

Uma breve história do Tríduo

 
 

A Igreja primitiva celebrava a festa da Páscoa em duas fases, começando com um tempo de jejum e terminando com a celebração eucarística no meio de grande alegria. Uma liturgia de estrutura simples, indicando e significando a unidade da morte e ressurreição de Cristo.

Com o passar do tempo a Igreja deixa de separar as fases do Mistério pascal e considera-as de forma particular, sempre dentro de um contexto de unidade. Surgem assim celebrações novas que apresentam de maneira mais detalhada os acontecimentos históricos, em linha com o realismo do século IV: a comemoração da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa; a celebração da Paixão de Cristo, na Sexta-Feira Santa; e a ressurreição no Domingo de Páscoa. O Tríduo passou assim a abranger a Quinta-Feira, centrando-se na morte de Cristo, enquanto a Páscoa passa a designar apenas o Domingo da Ressurreição.

 
 

Na Idade Média, no entanto, a liturgia foi sobrecarregada com vários ritos secundários e as celebrações passaram para a parte da manhã, em detrimento do sentido litúrgico e em contradição com as narrações evangélicas. E no século XVII, com a decisão do Papa Urbano III de reduzir os dias do Tríduo de dias festivos para feriais ou de semana, os cristãos deixam em largos números de assistir aos ritos do tríduo.

Foi apenas nos anos 50 do século passado que a Igreja restaurou a ordem nos ritos do tríduo e colocou depois, em consequência da constituição Sacrosanctum Concilium, o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor no primeiro lugar da tabela de precedência dos dias litúrgicos. Os dias do tríduo não têm autonomia, nem o tríduo é uma preparação para a festa da Páscoa.

 

 O conjunto dos dias – cada um deles salientando um aspecto particular do Mistério Pascal – é que constitui a Páscoa.

O Tríduo começa, então, na missa vespertina da Ceia do Senhor, alcança o seu auge na Vigília Pascal, e encerra com as vésperas do Domingo de Páscoa.

 

IN: IGREJA VIVA / JOÃO PEDRO QUESADO (TEXTO)

 

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