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“O Silêncio Tem Voz” é uma campanha de sensibilização da CPI que envolve 12 mil alunos de 480 turmas

A campanha foi apresentada esta segunda-feira, 14 de junho, em conferência de imprensa, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães, com as presenças de Domingos Bragança, Presidente da Câmara, e de Carlos Branco, Presidente da Comissão de Proteção ao Idoso (CPI).

 

“O Silêncio tem Voz” é uma campanha de sensibilização sobre a violência contra as pessoas idosas, cujo Dia Mundial se assinala no dia 15 de junho. Esta campanha, que decorrerá entre 14 e 18 de junho nas escolas do norte do país, envolverá 50 Agrupamentos de Escolas, 480 turmas e um universo de 12.000 alunos. Trata-se de uma iniciativa organizada pela Comissão de Proteção ao Idoso, Associação Regional do Norte, que conta com a parceria do Município de Guimarães, ao abrigo do protocolo de cooperação institucional – Provedor do Idoso.

 
 

Em Guimarães, participam o Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda, o Agrupamento de Escolas Gil Vicente, o Agrupamento de Escolas Fernando Távora, a Escola Profissional Cenatex, a Escola Básica de Longos -Taipas, a Escola Básica Vale de São Torcato, a Escola Básica do Mosteiro, a Escola Básica de Vinha-Antão, a Escola Básica de Bela Vista e a Escola Profissional Cisave.

Domingos Bragança, Presidente da Câmara, destacou o meritório trabalho da Comissão de Proteção ao Idoso, endereçando as felicitações ao seu presidente, Carlos Branco, bem como o trabalho da Vereadora da Ação Social, Paula Oliveira, e do Provedor do Idoso, José Lopes, estruturas essenciais para uma política de proximidade no acompanhamento das necessidades dos mais idosos. “Em Guimarães, temos Instituições de Solidariedade Social devidamente capacitadas. Nos últimos quatro anos, a Câmara Municipal atribuiu apoios financeiros no valor de, aproximadamente, 4,5 milhões de euros para que o trabalho destas entidades possa ser de qualidade e especializado”, disse Domingos Bragança.

 
 

O Edil referiu que a melhor maneira de prevenir a ocorrência de maus tratos a idosos é potenciar os projetos comunitários de caráter social, fazendo com que estes se implementem nas instituições, de forma a sinalizarem as situações que careçam de intervenção. “É a comunidade, através da proximidade que tem com os idosos, que está em melhores condições de conhecer as necessidades de cada uma das suas áreas geográficas de intervenção no que diz respeito aos idosos.

Carências que podem ser de diversa ordem, desde medicamentos a alimentos, passando pela falta de carinho e afeto que é, por vezes, a maior violência que se pode ter com os idosos”, frisou. Domingos Bragança disse ainda que omitir é também uma forma de exercer violência, insistindo na ideia que que o papel da rede comunitária é fundamental para travar essa violência.

 

A concluir a sua intervenção, o Presidente da Câmara deixou como sugestão a criação de um Laboratório Colaborativo Multidisciplinar, a exemplo do que acontece com o ProChild na faixa etária infantojuvenil, que tenha como missão o mapeamento e o estudo da situação dos idosos na sociedade, de forma a poder aproveitar o muito que estes têm para dar ao resto da sociedade.

Por sua vez, Carlos Branco, Presidente da CPI, disse ser uma honra poder contar com a parceria do Município de Guimarães em prol da defesa e promoção dos direitos da pessoa idosa. Carlos Branco recordou que Guimarães foi o primeiro município no país a implementar a figura do Provedor do Idoso, cujos resultados alcançados são assinaláveis.

 

“Este município é um bom exemplo de boas práticas no setor social e no que concerne ao apoio aos idosos mais vulneráveis”, disse.

O Presidente da CPI referiu que a violência contra a pessoa idosa é reconhecida à escala global como um grave problema de saúde pública e de direitos humanos e que os estudos indicam que os companheiros e os membros da família estão envolvidos na maioria dos casos, sendo apenas de 4% a percentagem dos que apresentam queixa junto das autoridades competentes.

 

“Qualquer forma de violência contra a pessoa idosa deverá ser sempre encarada como uma ofensa à dignidade humana, impondo-se o dever de reportar tais casos às entidades competentes”, afirmou. Em relação à campanha, Carlos Branco disse que o objetivo é criar um espaço de reflexão e debate a partir das comunidades educativas, ainda que também em toda a sociedade, sobre a questão da violência contra a pessoa idosa, sendo o lema “divulgar, informar participar”.

A campanha dispõe de um sítio na internet onde estão disponíveis conteúdos sobre a violência contra as pessoas idosas, designadamente vídeos temáticos produzidos para a campanha, textos informativos e contos escritos por professores e alunos.

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