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Portugueses no Botsuana têm de votar a mais de 300 quilómetros na África do Sul

Os portugueses residentes no Botsuana vão ter de viajar mais de 300 quilómetros em plena pandemia de covid-19 para votar no serviço consular de Joanesburgo, na África do Sul, nas eleições do Presidente da República neste fim de semana.

 

Portugal não dispõe de representação diplomática permanente no Botsuana, sendo os assuntos relacionados com este país acompanhados pela embaixada de Portugal em Pretória e pelo consulado-geral em Joanesburgo, disse à Lusa uma fonte consular.

 
 

Nesse sentido, o consulado-geral em Joanesburgo, a capital económica do país, serve uma vasta área de jurisdição que se estende, na África do Sul, às províncias de Gauteng (excluindo Pretória), Limpopo, North West, Mpumalanga, Free State e KwaZulu-Natal, e ainda ao Lesoto e ao Botswana.

Cerca de 70.028 portugueses estão inscritos no consulado-geral em Joanesburgo, dos quais 217 cidadãos que são residentes no Botsuana e 20 que são residentes no reino montanhoso do Lesoto, disse à Lusa a fonte consular.

 
 

Cerca de 24.943 portugueses recensearam-se no consulado-geral de Joanesburgo e 1.650 no consulado honorário em Durban, litoral do país, para a eleição do Presidente da República em 23 e 24 de janeiro, adiantou.

A contagem dos votos na África do Sul será feita no domingo e o resultado da mesma enviado para Lisboa por via do sistema consular informático, explicou a mesma fonte à Lusa.

 

Nesta eleição na África do Sul, os recenseados podem votar em quatro dos seis serviços consulares no país, nomeadamente em Pretória, Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo.

Dados de novembro de 2020, indicam que cerca de 125 mil portugueses têm registo consular na África do Sul, 13 mil em Durban e cerca de 20 mil na Cidade do Cabo, segundo fonte consular.

 

Estima-se em 450 mil o número de portugueses e lusodescendentes residentes na África do Sul, sendo considerada uma das maiores comunidades imigrantes fora de Portugal.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena pandemia de covid-19, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

 

Concorrem às eleições sete candidatos: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS-PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

No estrangeiro, a eleição decorre nos dias 23 e 24 de janeiro, podendo votar os cidadãos portugueses que residem fora de Portugal e que estão recenseados na Comissão Recenseadora (CR) da sua área de residência (correspondente à morada constante do Cartão de Cidadão).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Lusa

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