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Ser Dirigente do CNE em tempos de Covid-19

Está quase a fazer um ano que reuni com os elementos da minha secção pela última vez! Calma! Pela última vez antes de existir este vírus que nos tem atormentado durante o último ano.

 

Este vírus tem-me privado de uma das coisas que me preenche por completo: O ESCUTISMO. Sou dirigente de 10 lobitos muito reguilas, com idades compreendidas entre os 6 e 10 anos de idade, são 10 pequenas personagens que fazem parte da minha vida e os quais tenho muitas saudades de reencontrar.

 
 

Todos sabemos que o Covid-19 é o assunto do dia e também sabemos o quão difícil tem sido para todos, os escuteiros não são exceção. Como em todas as atividades foram nos arranjando alternativas, reuniões online, desafios virtuais, mas isso…. Isso não chega, isso não é o escutismo de reunir presencialmente, de brincar, de chegar a casa com a roupa suja, mas um sorriso rasgado no rosto, de cantar até faltar a voz, de estarmos ali uns com os outros.

Tudo isso se tornou numa missão impossível daquelas que parece nunca mais findar. Tenho saudades de ouvir as maiores barbaridades vindas da boca daquelas crianças, da vergonha com que me desvendam os mistérios dos namoricos, até mesmo de reclamar pelas asneiras que estão a fazer: EU DIRIGENTE SINTO FALTA!

 
 

Durante este ano pandémico, o Covid-19 tirou-nos tanto que jamais imaginaríamos que fosse possível. Poderíamos imaginar que o simples abraço daqueles que amamos seria um comportamento de risco? Sinto falta do abraço dos meus lobitos, dos berros quase insuportáveis que faziam ecoar em qualquer atividade, de ouvir constantemente “tenho fome, quero comer” ou então “preciso tanto de ir à casa de banho”.

Eu e tantos outros sentimos falta disto. Estando tão perto estamos muito longe uns dos outros. Estamos à distância de um clique, mas separados por um ecrã digital. Nunca foi tão fácil, mas ao mesmo tempo tão difícil acompanhar o crescimento dos meus lobitos.

 

Nunca pensei que praticar diariamente a boa ação fosse: FICAR EM CASA!

Sem dúvida que, estamos todos desejosos de voltar a ter reuniões, a ter atividades, mas neste momento o maior desafio que lanço aos meus elementos é que ainda assim, privados das nossas imensas coisas divertidas, sigam o nosso lema de estarem SEMPRE DA MELHOR VONTADE!
Já dizia o nosso fundador Baden Powell “Se tiveres o hábito de fazer as coisas com alegria jamais encontrarão situações difíceis.”

 
Texto: Joana Cancela

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